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Você está preparado para as críticas? Como você está lidando as críticas?

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Uma boa parcela dos crentes não conseguem lidar muito bem com a crítica, acredito que o pessoal do louvor fique na segunda colocação, só na minha opinião para os pastores. Para eles todas e qualquer crítica ganha conotação pessoal ou espiritual, vindo na carona as retóricas como “não tocar no ungido”, “não critique, é para Deus” e “você está em desobediência”.

Evolução dos círculos da vida.

Na vida vivemos ciclos de aprendizagem, costumo dizer que “andamos sempre em círculos, e cada passo em nossa evolução pessoal, espiritual e intelectual, nada mais é que pular para o próximo círculo” onde ficaremos dando voltas por um tempo até o próximo salto.

Não é saudável pular etapas e tão pouco não aguardar o amadurecimento e preparo para o próximo salto ou próxima etapa do crescimento, saltos precoces tendem a trazer consigo consequências, chegando ao ápice da regressão, tendo o efeito contrário, ao invés de crescer a pessoa acaba voltando um ou dois passos.

Vemos pessoas que olham para o próximo círculo, acham lindo, glamouroso, querem estar lá, querem os benefícios, mas não querem ônus, pagar a conta necessária para se chegar lá e a conta para se manter.

O pensamento em geral é mais ou menos assim: “a crítica é tratada como uma afronta, o crente deve ter amor, e o amor não critica”. Ao invés do cristão ser dotado de um desejo profundo de crescer, de melhorar, de se diferenciar, de oferecer algo cada vez melhor para Deus e ao próximo, ficamos buscando meios para justificar nossa mediocridade.

Uma autoanálise complementada pelas críticas externas são fundamentais neste processo de preparo, pois nos permite lapidar as arestas e evitar dores desnecessárias, pois crescer obrigatoriamente traz mais responsabilidades e um fardo maior. Não é nenhum pouco incomum encontrarmos pessoas que não querem crescer, dentre elas alguns deixam claro que não querem pelo simples fato de saberem que junto com o crescimento vem novas responsabilidades, um fardo maior.

Dentro do louvor não é diferente, apenas fica mais evidente por estarem mais expostos, por estarem em evidência o tempo todo, natureza do serviço executado.

O problema não está em errar ou não saber, o problema real é a total falta de interesse em se aprimorar e buscar novos conhecimentos, chegando ao ápice de valorizarem e aplaudirem o ato de ignorância. Nisso a igreja e o louvor padecem com vários problemas e nenhuma perspectiva de solução:

  • Do baterista que está fora do ritmo ou que tem a mão pesada;
  • Do guitarrista que fica solando a música inteira ou usa volume e peso em excesso;
  • Do baixista “groovando” a música inteira ou solando em excesso;
  • Do vocalista que semitona ou erra letra o tempo todo;
  • Do ministro que faz a lista em cima da hora do ensaio/culto ou transforma ministrações em verdadeiras pregações;
  • Do tecladista que carrega nos graves competindo com o baixo ou transforma a música na 5a sinfonia de Beethoven;
  • Do pastor que quer pregar no meio da estrofe atrapalhando o canto ou que tenta cantar com o grupo sem nenhum preparo;
  • Dos dançarinos que no meio daquela música agitada estão dançando passos de balé;
  • Do operador do multimídia que fica desatento e não avança a letra;
  • Do operador de som que só sabe mexer nos volumes e satura a cabeça da igreja com uma mixagem ruim;
  • Do músico que deixou para ouvir na última hora e não tirou os detalhes, tão pouco fez exercícios para auxiliar na execução e precisão;

Quem se atreve a tentar disciplinar e ensinar tais membros do ministério se deparam com o desprezo a correção, quando não encaram insultos e desdém.

O inimigo se aproveita…

Particularmente não tenho dificuldade em falar e cobrar seja quem for, também não tenho problemas com cara feia ou insultos, e se não falo nada é porque provavelmente não vejo potencial na pessoa ou acredito que será uma perda total de tempo, algo que valorizo cada vez mais.

Em uma certa oportunidade, os líderes do ministério me perguntaram o que estava errado e o que precisávamos mudar, apontei os pontos, que partiam da falta de ensaio, passando pessoas despreparadas cantando ou tocando, até sobre a forma como os equipamentos eram manuseados, sem receio algum deixando claro o que estava bom ou não. Resultado, fui convocado pelos líderes e o pastor para ter uma conversa, com algumas pessoas da liderança visivelmente alteradas pelo fato de ter criticado o tão perfeito mundo que viviam.

Na reunião com estes líderes de ministérios e pastores, sem a presença dos músicos, ministros, cantores e demais participantes do ministério de música, reafirmei todos os pontos que haviam sido expostos e tive como reposta (resumo): que não podemos criticar e falar dos problemas abertamente, que as pessoas podem ficar magoadas, que devemos deixar o Espírito Santo agir.

O que ocorreu após esta conversa: Nada foi feito, os problemas permaneceram, passaram alguns meses o ânimo aflorado de algumas pessoas cansadas veio à tona e foi a brecha que o “inimigo” e a “ocasião” precisavam para causar um estrago, perdendo músicos, criando inimizades.

Todos os problemas que causariam a confusão foram expostos a tempo para que os líderes tomassem uma atitude, porém optaram em se acovardar e não lidar com o maior problema em questão: as pessoas.

O que fazer então nestes casos (líder):

  • Inicie um novo ciclo e revise as regras de entrada e permanência no ministério, e adote a filosofia de que o cargo não é algo permanente, somente aqueles que buscarem fazer com zelo e aceitarem a repreensão permanecerão;
  • Adote uma avaliação semestral ou anual, adotando um questionário de quais atitudes, habilidades e conhecimentos serão avaliados, os que não estiverem dispostos a crescer com o grupo, remova sem medo;
  • Adote a cultura do feedback, ondes todos possam dar e receber feedback, os que receberem feedback devem trazer na próxima reunião uma avaliação do feedback e dizer como vão lidar com a questão levantada;
  • Não tenha medo de perder pessoas preguiçosas e que não possuem zelo pelo que fazem, são tomates podres que irão contaminar todo o grupo com o tempo;
  • Se perceber que o grupo todo não está crescendo, está na hora de trazer alguém com mais conhecimento ou colocar o time para estudar, estagnação não é bom e com o tempo pode até abrir o caminho para a regressão;

O que fazer então nestes casos (liderado):

  • Se a liderança não tem dado ouvido e você já tentou por várias vezes, semanas ou meses, e ninguém demonstra o interesse em mudar, procure imediatamente outro lugar para exercer seu ministério;
  • Se a liderança ouviu, tem o desejo de mudar, mas não sabe o que fazer, procurem ajuda, busquem pessoas com mais experiência e que estejam aplicando e realizando os objetivos que vocês desejam alcançar;
  • Pior do que um liderado que não que evoluir é um líder que não deseja que seus liderados evoluam;

Leitura complementar, se possível leia o capítulo inteiro

Alguns versos abaixo não falam diretamente sobre tocar direito, dançar direito ou operar algum equipamento da maneira correta, eles dão foco no papel do cristão em diferentes situações, que devemos buscar sempre fazer com zelo, da forma correta, agradando a Deus e não envergonhando diante dos homens.

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
Colossenses 3:23

“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?
Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele,
dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’.
Lucas 14:28-30

Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.
1 Coríntios 14:40

Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.
Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor.
Romanos 12:10-11

As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza.
Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha.
Provérbios 10:4,5

Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça.
Provérbios 31:27

Por causa da preguiça, o telhado se enverga; por causa das mãos indolentes, a casa tem goteiras.
Eclesiastes 10:18

Queremos evitar que alguém nos critique quanto ao nosso modo de ministrar essa generosa oferta,
pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens.
2 Coríntios 8:20,21

Quem despreza a disciplina cai na pobreza e na vergonha, mas quem acolhe a repreensão recebe tratamento honroso.
Provérbios 13:18

Todo o que ama a disciplina ama o conhecimento, mas aquele que odeia a repreensão é tolo.
Provérbios 12:1

O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos.
O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto.
Provérbios 12:15,16

Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio!
Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante,
e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento.
Até quando você vai ficar deitado, preguiçoso? Quando se levantará de seu sono?
Tirando uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar,
a sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe virá como um homem armado.
Provérbios 6:6-11

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